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TRIBUTO AO AMOR ANCESTRAL...
Homenagem aos meus avós paternos: ele Pirata e ela Cigana!!!
Extradição de corpo e alma Desgarrado e como nada Sem paz, nem harmonia E o mar em seu balanço Só confusão lhe trazia Jovem, herdeiro e derradeiro Castigados os instantes Espírito altaneiro Do outro lado, a terra Bem perto da vida, ao Sul Flor de encanto e beleza Bailando na natureza Um céu, ao encontro dos dois De brilho tão cintilante Traçando trilha arredia De um futuro não distante Após cansaço ao navegar Ao estranho Porto chegou Estranha também era língua que ouvia O seu coração palpitou Aqui estás jovem sofrido Banido da terra que não te quis mais Vais, desata fel corrompido Pois casa, não verá jamais Uma estranha voz lhe disse então Galego, filho europeu Das terras do além mar Crê no destino que é teu Rumo ao Sul, há de encontrar Com vida nova e a certeza Da mulher de tal beleza Que ao cruzar o teu caminho Chamar-te-á com carinho Pra dançar à natureza E às terras ditas, chegou Ao longe Luz do fogo avistou Sede e fome, ele sentia E àquela tribo pedia Dai-me pão para comer Vinho também se tiver Sou guerreiro, cavaleiro Mas a vida cobriu meu nome Se entendes o que digo Mata a fome e dai-me abrigo Ou somente o que puder Foi aí que de repente À luz daquelas chamas Bailando singelamente Viu princesa à sua frente A mulher de tal beleza Que a voz lhe disse um dia Com esperança e alegria E o seu íntimo chorou Olhos nos olhos a fitar Ah, sensação do amor Que arremata toda a dor Que trouxe você pra me amar Desafio foi lançado Pois só a terás ao conquistar A honra que outrora perdera Lá nas terras do além mar Viu-se então novo guerreiro Catalão forte e bravio Era o homem derradeiro. Que empunhou faca de fio Para por ela duelar Mais nada foi necessário Pois ancião sábio e visionário Viu futura geração E o casal chamou então Para perpetuar o momento Que mais tarde o sentimento Fez a linhagem selar E o coração do guerreiro E o coração da princesa Fizeram soar os clarins Para nascer almas afins E das páginas do apogeu Avós, pais Agora eu E um filho para amar Pois herdeiro de forte nome Tem o mundo a desbravar No céu dançam agora Aqueles dois enamorados Pirata e Cigana Já é hora De habitar casa terrena Pois a volta só vale a pena No seio familiar Legado Que a ti casal É débito milenar
O Guardião
Enviado por O Guardião em 01/06/2006
Alterado em 31/08/2006 Comentários
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