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CRISTÃO E AMARGO PECADO...
Deixei-me levar por ti à tentação
Pois vi teu corpo lindo e escultural Meus olhos nas frestas do forrão Menino encantado e anormal Vislumbrar os teus contornos Te dar adornos Ensandecido do pesadelo ferrenho Das fantasias que ainda te empenho Por você mulher Entregaria a alma ao instante E preso contigo em cela Aceitaria ser apenas amante Desejava crescer tão logo pudesse Sucumbir as lembranças do passado insistente E a ti ofertar, se quisesse Um amor, do homem à tua frente Hoje, me sinto ainda carente E nas ruas daquele bairro Anseio te ver passar De rara beleza, e olhar prudente Desarma o pobre menino Que aquele amor desatino Não pode a ti confessar A morte é mesmo assim Leva loucos, leva sãs Faz retornar novos rostos Traz você perto de mim É tristeza, é solidão É agonia sem fim É mando da amargura Consome o excesso e a luxúria Transporta almas afins É estrada milenar Vida dispersa no ar A morte é mesmo assim Nem rastro, nem mesmo pegadas Donde se foram então? Só vultos, almas penadas Só frieza e solidão A morte é mesmo assim Não trás sorte e nem perdão Mas a morte não é o fim
O Guardião
Enviado por O Guardião em 09/06/2006
Alterado em 17/10/2006 Comentários
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