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MENINO...
Daquele ventre de mulher
Cigana tal qual a vida De coragem destemida Nasceu um filho qualquer Foi logo entregue a sorte De um mundo pobre e vazio Menino vencendo a morte Nas mãos da dor e do frio Se não fossem aquelas vozes a lhe dizer Perdoa o teu passado e vem viver O menino nunca teria crescido Forte, feliz e vivido Um dia a fuga lhe veio à frente E mesmo sendo inconsequente Arriscou o seu destino Já era um homem aquele menino Em homenagem ao meu querido Pai que fugiu do Orfanato "Anália Franco", em Santos, ainda criança e foi ter uma vida de rua. Hoje eu o considero um vencedor. Quanto a minha vó...a Cigana...esta já faleceu. Mulher linda e de muita fibra, porém que a sorte não favoreceu. Escolheu entre os filhos qual devia abandonar. Olhou então meu papai e disse: Vou te deixar. Meu Pai sempre a amou e sempre disse que nada tinha a perdoar. Esse é meu Pai!
O Guardião
Enviado por O Guardião em 28/06/2006
Alterado em 12/09/2006 Comentários
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