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AMOR SERTANEJO...
Era ali que ele passava
Montado no seu cavalo O cansaço e a viola E o naco de pão na sacola Um dia bem de noitinha Lá pras bandas da estradinha Aquela luz avistou E já cansaço da vida De frente a ela parou Chamou um grito de macho Contando a outro encontrar Qual não foi sua surpresa Aquela rosto da nobreza De súbito como um bote Suave perfume no ar A mulher o recebeu Perguntou-lhe o que queria Arregalado dos olhos Naquela luz que ilumia Envergonhado chegou E ao seu ouvido pedia Em voz suave e certeira Agora sem tom de macho Pediu-lhe água ao cavalo Atrelado na porteira Debaixo daquele luar Uma pura troca de olhar E como que em desabafo A mulher, bela donzela Confessou que era só ela Na velha casa a morar Confessou também saudade Da sua vida de infância Nem sofrimento ou ganância Nem cercas na liberdade Disse que há muito tempo Perdeu seu filho e marido Foi-se tudo que é querido Pra solidão lhe habitar Mas agora fascinada Sentiu coração palpitar O amor está no ar Depois de tudo ajeitado Aquele homem encantado Rumo a estrada partiu Mas o coração não se engana Seu destino não seguiu Porque ali ficou marcado Na bela noite do cerrado Que voltariam a se olhar Um dia destes, em breve Um grito de amor a chamar
O Guardião
Enviado por O Guardião em 21/09/2006
Alterado em 17/10/2006 Comentários
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